Muita arte na rede Ello. Visualize:

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sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Mais da série "TODOS OS GRANDES ESCRITORES MODERNOS DAS ILHAS BRITÂNICAS (TODOS VINDOS DA IRLANDA)". Um poema de William Butler Yeats traduzido por Adrian'dos Delima.



conhecido POEMA de William Butler Yeats: mais algumas palavras para reforçar a não-tão-mera opinião de que quase todos os maiores escritores (e poetas) das Ilhas Britânicas e alguns dos maiores da Língua Inglesa na modernidade foram irlandeses.
Todo-o-Mundo e Ninguém: O teatro diário entre knave & dolt?


O FASCÍNIO/ATRAÇÃO DO QUE É DIFÍCIL/ TRABALHOSO

by W.B. Yeats (1865–1939). 
in Responsibilities and Other Poems.  1916.


*
The Fascination of What’s Difficult


The fascination of what’s difficult        
Has dried the sap out of my veins, and rent       
Spontaneous joy and natural content  
Out of my heart. There’s something ails our colt           
That must, as if it had not holy blood,            
Nor on an Olympus leaped from cloud to cloud,           
Shiver under the lash, strain, sweat and jolt     
As though it dragged road metal. My curse on plays               
That have to be set up in fifty ways,      
On the day’s war with every knave and dolt,     
Theatre business, management of men.  
I swear before the dawn comes round again         
I’ll find the stable and pull out the bolt.



by W.B. Yeats (1865–1939). 
in Responsibilities and Other Poems.  1916.



***



O FASCÍNIO DO QUE É DIFICULTOSO


O fascínio do que é dificultoso 
Secou  a seiva em mim, tendo arrendado
A alegria espontânea e o que é nado
Do meu peito. Algo tem com este potro        
Que tem que, como sem sangue divino,
Nem nas nuvens haver pulado Olimpos,
Tremer do açoite; e sua, puxa, à força,
Cascalho aos trancos. Pro diabo os teatros    
Que são montados em cinquenta artes
Na guerra diária entre esperto e tolo,
Montagem de negócios, gado humano.
Juro que antes que o sol suba o seu pano
Eu acho o estábulo e solto o ferrolho.


Tradução Adrian'dos Delima



NOTA DA TRADUÇÃO:

não faço uso da mesma exatidão nas rimas do poema original em função de preservar melhor a parte semântica deste. Por este motivo, não pude explorar os mesmos 
“jogos” para criar um “esqueleto fonético” semelhante ao original, embora eu mantenha as rimas principais nas mesmas posições.  Fazendo uso de rimas mais “fracas”, “vagas”, mantenho o ritmo do original, usando métrica idêntica.


segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

QORPO-SANTO E O ESTRANHO QORPO-DE-DELITO, em poema de Adrian'dos Delima


        Na verdade, nem todos os brasileiros são analfabetos funcionais
 Mas o caminho do aprendizado é duro para a maioria de nós     




PALAVRA MADEIRA DE LEI





1 Século & Mais Tanto





prossegue ainda a monomania do brasil
de perseguir algum seu filho que tem brio lhe alheio

é como dizia joyce da irlanda mãe velha
que ela engolia as crias novilhas

e a zona do euro briga já que desacelera
e não ultrapassa  E*U*A, UR*SS IA nem China
na corrida de rua dos carros
sem freio da economia

é como dizia o eclesiaste
pretensamente de um rei sábio
muitas vezes onde sobram palavras
falta até o que comer
mas deixemos disso
que aí na europa é só o caso
de acertar quem paga a conta
em vez disso olhe pro lado

aqui pra cá onde faltam palavras
onde falta o entendimento delas
foi-se um século e mais tanto
e Qorpo-Santo ainda
prossegue um Qorpo-Eztranho

e nem se fale noutro velho
tema desta ilha já batido e nunca abatido
onde tanta vastidão e planta não se traduz em quociente
nem de chão nem de comida

onde não falta a magia e talvez falte
(o que será?) uma palavra mágica
já é na minha boca que sempre não pára
o buraco onde morre e a fala está enterrada

15 12 2011




sábado, 17 de dezembro de 2011

Bahnhofstrasse, poema de MASSÃ DUZIA POEMAIS UM NA SACOLA PURUM CENTAVO (Pomes Penyeach, 12 poems more an extra tilly). James Joyce. Tradução ao português de Adrian'dos Delima.



 postal de 1927




                                            Bahnhofstrasse

The eyes that mock me sign the way
        Whereto I pass at eve of day.



Grey way whose violet signals are
        The trysting and the twining star.



Ah star of evil! star of pain!
       
Highhearted youth comes not again


Nor old heart's wisdom yet to know
        The signs that mock me as I go.


1904


Pomes Penyeach, 1927

*Primeira publicação deste poema em Anglo-French Review, Agosto de 1919.
       
 *por James Joyce (1882-1941) . *"Bahnhofstrasse" foi escrito em 1918, sendo o nº. 12 de Pomes Penyeach





Bahnhofstrasse

(Nota instantânea: Rua (ou estrada) da Estação do Trem, em alemão, Zurique, Suiça   uma das avenidas comerciais mais caras do mundo, com 1,4 Km de comércio a preços exorbitantes como o metro    quadrado do lugar).



Os olhos que imitam de mim a via
         Adonde eu caminho no fim do dia.

Modos gris de quem os sinais violeta
         São da encontrante e da esquivante estrela.

Ah estrela do mal! estrela da pena!
         Ao peito velho não volta a
nobreza

Nem o peito velho sábio entende inda
Os sinais que me remedam quando indo.


Tradução Adrian'dos Delima










Pomes Penyeach, 1927

*Primeira publicação deste poema em Anglo-French Review, Agosto de 1919.
       *
por James Joyce (1882-1941)
*"Bahnhofstrasse" foi escrito em 1918, sendo o nº.12 
de Pomes Penyeach

Guy Davenport (1927 – 2005)



     


UM ESPORRO NOS FÃS?          Sobre 


MASSÃ DUZIA POEMAIS UM PURUM CENTAVO

   O inventivo Joyce, sempre tão inventivo e uma máquina de neologismos, na poesia  muito mais usava diacronismos, apesar do livro “Pomes  Penyeach” conter algumas  palavras novas. Será que a poesia de Joyce era produzida para revelar o seu eu mais  íntimo, sem máscaras, em um olhar para dentro e em se revelando como realmente era,  Joyce não passava de um sujeito como aquele Judeu errrante, um dinossauro, um fóssil  vivo? O irlandês se dizia um poeta frustrado. Então o problema era esse? Quando era  ele  mesmo, o poeta lírico, com muito de antiquado, Joyce era refutado como artista,  ignorado pelo seu público. O verdadeiro Joyce? Um irlandês do século XIX, com um espírito fin de siècle.












quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

vídeos para deletar, imagens para esquecer, coisas do tipo: por Adrian'dos Delima






   

FILMAGENS PARA APAGAR


eu com tanta consciência
eu em tanta consonância
com isso
eessas
asas
pass pássaras sombras de asas subindo no branco
as paredes / são pombas
e agora sobreletreira uma se empoleira com corpo e penas e tudo lá 
no sol do em cima do prédio

uma folha rola

sobre mim
passa no chão a sombra
de umavesóisso que é mui e são muitas que andam
entre as folhas do asfalto

o asfalto
e o asfalto que tem tanto sol que nem parece preto

neste mundo enteógeno
o sol enche o mundo
onde parecia ter nada
de percepções simultâneas
todo este papo que já está manjado

somado com asas e folhas roladas

tudo isso onde deveria existir
somente o medo de pedestre atravessar
co-existe por esta rua onde pintaram listras brancas largas demais para
todos os efeitos para nada

pois nunca há segurança na faixa
nem tempo de se fixar em sublimes imagens
subliminares dentro desta existência
sobre tão longe de nossas cabeças

quando elas passam no chão é como se fossem enterradas
asfaltadas concretadas construídas por cima delas

já não podemos pegare
las
que são fósseis no fosso inexistente
entre nós e a pré-história




13-15/ 12 / 2011





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