Kurt Schwitters, 1946. Poema escrito em língua inglesa, no exílio. Tradução ao português Adrian'dos Delima.
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dadé, por Adrian'dos Delima.
Este poema, já traduzido em português pela professora, escritora e crítica de arte Veronica Stigger, é um exemplo dos poemas escritos em inglês por Kurt Schwitters quando se encontrava no exílio, publicado ou escrito em 1946, aparecendo na obra Duke Size. Reproduzindo as palavras de Stigger, neste poema encontra-se ainda “em ação o gesto do Schwitters dadaísta, porém, sem as mesmas intensidade e força da juventude”.
Graças à existência de seres enbrutecidos como Adolf Hitler, os leitores de língua inglesa puderam ter o prazer de conhecer textos originais do genial poeta dadaísta, visual e sonoro, pintor de vanguarda e também convencional, designer, criador das primeiras “instalações” artísticas conhecidas, tudo isso “apesar” de ser um publicitário.
Naturalmente, em minha tradução, tento antes recriar os efeitos sonoros que as exatidões semãnticas do poema.
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At ten past three
Spring ceases to be
All flies that yet here are
All mothers that mammies are
All masters that daddies are
Sing songs that dada are
All birds are
Dadar.
*
Às três e dez
A primavera cessa o ser
Toda mosca que inda daqui é
Toda mãe que mami é
Todo mestre que tatá é
Só canta canção que dadá é
Toda ave é
Dadé.
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Tradução ao português Adrian'dos Delima.
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