Poema de Vladimir Maiakóvski
КОФТА ФАТА
Я
сошью себе черные штаны
из бархата голоса моего.
Желтую кофту из трех аршин заката.
По Невскому мира, по лощеным полосам его,
профланирую шагом Дон-Жуана и фата.
Пусть
земля кричит, в покое обабившись:
«Ты зеленые весны идешь насиловать!»
Я брошу солнцу, нагло осклабившись:
«На глади асфальта мне хорошо грассировать!»
Не
потому ли, что небо голубо,
а земля мне любовница в этой праздничной чистке,
я дарю вам стихи, веселые, как би-ба-бо
и острые и нужные, как зубочистки!
Женщины,
любящие мое мясо, и эта
девушка, смотрящая на меня, как на брата,
закидайте улыбками меня, поэта,-
я цветами нашью их мне на кофту фата!
BLUSA DO JANOTA
Vou e costuro pra mim calças pretas
Com o veludo da minha voz.
Uma blusa amarela com três metros do poente.
Pelo mundo da Nevsky¹, por suas faixas
lustrosas,
Vou flanar num passo Don Juan e janota.
“Ainda que a terra proteste, em entrega
molenga:
"Assim, a primavera verde você violenta!”
Eu jogarei ao sol, com sorriso insolente:
"Na planície do asfalto, do burbúrio me apascento!»
Não é porque o céu é azul –
e a terra minha amante entre os preparos festivos
que dou versos, divertidos, tal fantoches de
luvas –
e tal palito de dentes – agudos e requeridos!
As mulheres que amam a minha carne e esta,
A menina que como a um irmão me olha,
Atirem sorrisos sobre mim, um poeta –
Em florais os costuro em minha blusa de janota!
Poema escrito em 1913 e publicado pela primeira vez na revista
«Futuristas Russos», em 1914.
Tradução Adrian dos Delima
¹Avenida principal de
San Petersburgo.
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