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quarta-feira, 17 de junho de 2015

Quadras de Destrinça, de Ronald Augusto. Tradução/traducción ao espanhol/castellano de Adrian'dos Delima.

QUADRAS DE DESTRINÇA

I

o jogo do sarau
sarou o pretito
em parte em parte
depois deste pito

que chupo fundo que
nem um beijo     falo
minúcias que ainda
me ferem o ralo

amor       namorado
da memória-pua
murmúrio de briga
ancestre e nua

II

não tem mais essa de
sumir pelo avesso
pelourinho trocou
de brasão mas preço

seu continua o
mesmo nossa vida
austral doçura ao
luar esculpida

pregada no vento
tua casa sem bossa
cria das senzalas
grita canção nossa

III

arrumo nos lundus
mais lentos as duras
descobertas que fiz
as iluminuras

de dor que por tudo
calculei     quem sabe
nem tanto      tomara
proveitosa agave

tão sem meias setas
e certa e exausta
salvam-se as negras
de tudo que fausta

IV

do feroz fiasco que
é    demonstrar tão-só
adoráveis quadris
pra branco noitibó

demais escambista
com as   coisas de vária
lindeza        coisas que
o tornaram um pária

um duende ciumento
corrigível porém
só que agora   chance
comigo      sai    nem vem    





COPLAS DE DESENREDO

I

el juego del sarao
sanó el pretito
en parte en parte
después de este pito

que chupo hondo cual
fuese un beso     hablo
minucias que aún
me hieren el ralo

amor        ennoviado
con memoria-púa
murmurio de riña
ancestra y nuda

II

e sumir del envés
no más habrá de eso
la picota cambió
blasón pero precio

suyo sigue el
mismo nuestro hado
austral dulzor so
luna esculturado

clavada en el viento
tu casa sin estro
cría de galpones
grita canto nuestro


III

arreglo en los lundus
más lentos las duras
invenciones que hice
las miniaturas

del mal que por todo
calculo       quién sabe
no tanto          tomada
provechosa agave

sin medias saetas
certera y exhausta
se salvan las negras
de todo que fausta  


IV

de la fiera afrenta que
es  demostrar tan sólo
adorables cuadriles
a blanco de trasnochos

por demás truequista
con las  cosas de varia
lindeza     cosas que
lo volvieron un paria

un duende con celos
corregible    empero
sólo que ahora   chance

conmigo   ándate   fuera

Poeta, músico, editor e crítico de poesia. É autor de, entre outros, Homem ao rubro (1983), Puya (1987), Kânhamo (1987), Vá de valha (1992), Confissões aplicadas (2004) e No assoalho duro (2007). Dá expediente nos blogs: poesia-pau epoesiacoisanenhuma

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