Quadras de Destrinça, de Ronald Augusto. Tradução/traducción ao espanhol/castellano de Adrian'dos Delima.
QUADRAS DE DESTRINÇA
I
o jogo do sarau
sarou o pretito
em parte em parte
depois deste pito
que chupo fundo que
nem um beijo falo
minúcias que ainda
me ferem o ralo
amor namorado
da memória-pua
murmúrio de briga
ancestre e nua
II
não tem mais essa de
sumir pelo avesso
pelourinho trocou
de brasão mas preço
seu continua o
mesmo nossa vida
austral doçura ao
luar esculpida
pregada no vento
tua casa sem bossa
cria das senzalas
grita canção nossa
III
arrumo nos lundus
mais lentos as duras
descobertas que fiz
as iluminuras
de dor que por tudo
calculei quem sabe
nem tanto tomara
proveitosa agave
tão sem meias setas
e certa e exausta
salvam-se as negras
de tudo que fausta
IV
do feroz fiasco que
é demonstrar tão-só
adoráveis quadris
pra branco noitibó
demais escambista
com as coisas de vária
lindeza coisas que
o tornaram um pária
um duende ciumento
corrigível porém
só que agora chance
comigo sai nem
vem
COPLAS DE DESENREDO
I
el juego del sarao
sanó el pretito
en parte en parte
después de este pito
que chupo hondo cual
fuese un beso hablo
minucias que aún
me hieren el ralo
amor ennoviado
con memoria-púa
murmurio de riña
ancestra y nuda
II
e sumir del envés
no más habrá de eso
la picota cambió
blasón pero precio
suyo sigue el
mismo nuestro hado
austral dulzor so
luna esculturado
clavada en el viento
tu casa sin estro
cría de galpones
grita canto nuestro
III
arreglo en los lundus
más lentos las duras
invenciones que hice
las miniaturas
del mal que por todo
calculo quién sabe
no tanto tomada
provechosa agave
sin medias saetas
certera y exhausta
se salvan las negras
de todo que fausta
IV
de la fiera afrenta que
es demostrar tan sólo
adorables cuadriles
a blanco de trasnochos
por demás truequista
con las cosas de varia
lindeza cosas que
lo volvieron un paria
un duende con celos
corregible empero
sólo que ahora chance
conmigo ándate fuera
Poeta, músico, editor e crítico de poesia. É autor de, entre outros, Homem ao rubro (1983), Puya (1987), Kânhamo (1987), Vá de valha (1992), Confissões aplicadas (2004) e No assoalho duro (2007). Dá expediente nos blogs: poesia-pau epoesiacoisanenhuma |
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