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quinta-feira, 1 de setembro de 2016

Mais um poema sobre o golpe de estado de 2016 no Brasil





TRAIDORES, ESPIÕES, RESSENTIDOS E CORRUPTOS
(ou Diálogo com poema de Ricardo Silvestrin)


no golpe de 16
não houve o galope
de carros quadrigas
de briga

ouve-se
o trote asinino
o correr fino de ratos
enfatiotados

engravatados
na língua falsa
clamam por deus
são o diabo

31 08 2016



REGISTRO/RECORD. A POEM BY RICARDO SILVESTRIN 
ABOUT THE COUP D'ETAT IN BRAZIL 2016. 
TRANSLATION/TRADUCCIÓN ENGLISH/ESPAÑOL ADRIAN'DOS DELIMA.


REGISTRO
(Ricardo Silvestrin)

No golpe de dezesseis,
não havia generais
como houve
da outra vez.

Era guerra
fantasiada de paz,
jagunços com togas,
congressistas fascistas,
democratas ditatoriais,
jornalistas ficcionistas,

todos, sem exceção,
no estado de exceção
recitando, em jogral,
a redação do juízo final

ou o samba desenredo
de um tétrico carnaval.

***

REGISTRO
(Ricardo Silvestrin)

En el golpe de dieciséis,
no había generales
como hubo
la otra vez.

Era guerra
enmascarada de paz,
sicarios con togas,
congresistas fascistas,
demócratas dictatoriales,
periodistas del ficcional,

todos, sin excepción,
en el estado de excepción
recitando, en coral,
la redacción del juicio final

o el samba desenredo
de un tétrico carnaval.

Traducción Adrian'dos Delima

***

RECORD
(Ricardo Silvestrin)

In the sixteen coup,
there weren’t generals
as there were
the other time.

It was war
masqueraded as peace,
hatchet men with togas,
fascist congressmen,
dictatorial democrats,
fiction writers journalists,

all without exception,
in the state of exception
reciting in choir,
the essay of the judgment day

or the samba denouement
of a gruesome carnival.

Translation Adrian'dos Delima 

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