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sexta-feira, 11 de março de 2011

Lettre de Blaise Cendrars, traduzido por Diego Grando





Desde que Diego Grando me autorizou a publicar seus poemas e traduções livremente em meu blog, considero-o um colaborador destas páginas.
 
Carta

Você me disse se você me escrever
Não bata tudo à máquina
Acrescente uma linha à mão
Uma palavra um nada oh qualquer bobagem
Sim sim sim sim sim sim sim sim

Minha Remington é boa no entanto
Gosto bastante dela e trabalho bem
Minha escrita é limpa e clara
Vê-se muito bem que eu é que a bati

Há lacunas que sou o único a saber fazer
Veja então o olho que tem a minha página
No entanto para seu agrado eu acrescento à tinta
Duas três palavras
E uma grande mancha de tinta
A fim de que você não possa lê-las


Lettre

Tu m’as dit si tu m’écris
Ne tape pas tout à la machine
Ajoute une ligne de ta main
Un mot un rien oh pas grand chose
Oui oui oui oui oui oui oui oui

Ma Remington est belle pourtant
Je l’aime beaucoup et travaille bien
Mon écriture est nette est claire
On voit très bien que c’est moi qui l’ai tapée

Il y a des blancs que je suis seul à savoir faire
Vois donc l’oeil qu’a ma page
Pourtant pour te faire plaisir j’ajoute à l’encre
Deux trois mots
Et une grosse tache d’encre
Pour que tu ne puisses pas les lire






                Blaise Cendrars, Feuilles de route, 1924.
                Tradução Diego Grando

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