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quarta-feira, 23 de junho de 2010

Bairro Livre, um poema de Jacques Prévert

Leiam este poema, cheio de sentimento de alegria e liberdade,
vindo com o fim da II Guerra Mundial e com a esperança de inaugurar um mundo democrático, onde os militarismos já não valem nada. É o mundo livre nascendo no "Bairro Livre".

Alemão, RJ












Quartier libre


J'ai mis mon képi dans la cage
et je suis sorti avec l'oiseau sur la tête
Alors
on ne salue plus
a demandé le commandant
Non
on ne salue plus
a répondu l'oiseau
Ah bon
excusez moi je croyais qu'on saluait
a dit le commandant
Vous êtes tout excusé tout le monde peut se tromper
a dit l'oiseau.



Bairro Livre



Pus o boné na gaiola
saí com o pássaro na cabeça
E então
já não se faz a continência
perguntou o comandante
Não
já não se faz a continência
respondeu o pássaro
Ah bem
desculpe julguei que se fazia
disse o comandante
Não há de quê toda a gente pode enganar-se
disse o pássaro.



"Poesia do Século XX", antologia, tradução, prefácio e notas de Jorge de Sena, Porto: Edições ASA, 3ª edição, 2003, p. 324.

Continência e boné sem comandante.
Pássaro sem boné nem continência.





BAIRRO LIVRE

Prendi meu quepe na gaiola
e estou na rua com a ave na cabeça
Então
já não há a continência
a cobrança do comandante
Não
já não há a continência
a reposta da ave
Ah bom
desculpa achei que a continência havia  
lhe diz o comandante
Não tem de quê todas pessoas podem cometer erros
lhe diz a ave.

Tradução Adrian'dos Delima


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