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sábado, 3 de setembro de 2011

That dada strain: Aquela melodia, aquela fanfarra, aquele estresse, aquele esforço , aquela linhagem, aquela deformação dada? Poema de Jerome Rothenberg traduzido por Adrian'dos Delima.

Alossom, fonte das falas. Inspiração na "Fonte",
fonte de Duchamp. 



That Dada Strain  


the zig zag mothers of the gods
of science       the lunatic fixed stars
& pharmacies
fathers who left the tents of anarchism
unguarded
the arctic bones
strung out on saint germain
like tom toms
living light bulbs
aphrodisia
“art is junk” the urinal
says “dig a hole
“& swim in it”
a message from the grim computer
“ye are hamburgers”

                           in That Dada Strain, 1983  

***



AQUELE SOM DO DADA


as mães ziguezagues dos deuses
da ciência      as lunáticas & fixadas estrelas
& as farmácias
pais que deixaram as tendas do anarquismo
indefensas
os árticos ossos
fissurados em saint-germain
igual tom-tons
avivando bicos de luz
afrodisia
“arte é dejeto” o urinol
diz “cave um furo
“& bóie nisto”
uma mensagem do computador duro
“vós sois hambúrgueres”


                       Tradução Adrian'dos Delima



Nota: Com base na polissemia das palavras articuladas à moda "desconexa" dadaísta, preferi na tradução criar equivalências ao cimento fonético dos vocábulos utilizado no texto de partida, o qual utiliza o mero som como principal elemento de coesão, sem preocupações etimológicas. Minha escolha se demonstra desde o título "Aquele som do dada". 

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