Poema de Horizon carré, Vicente Huidobro,1917. †
†
AÉROPLANE †
Une croix
s'est abattue par terre
Un cri brisa les fenêtres
Et on se penche
sur le dernier aéroplane
Le vent
qui avait nettoyé l'air
A naufragé dans les prernières vagues
La poussée
persiste encore
sur les nuages
Et le tambour
appelle quelqu'un
Que personne ne connaît
Des mots
derrière les arbres
La lanterne qu'on agitait
était un drapeau
Il éclaire autant que le soleil
Mais les cris qui enfoncent les toits
ne sont pas de révolte
Malgré les murs qui ensevelissent
LA CROIX DU SUD
Est le seul avion
qui subsiste
Vicente Huidobro
De Horizon carré, 1917
Uma cruz
foi caída por terra
Um grito quebrou as janelas
E a gente se inclina
sobre o último aeroplano
O vento
que havia limpo o ar
Foi naufragado às primeiras ondas
O impulso
persiste agora
sobre as nuvens
E o tambor
apela a algum
Que as pessoas desconhecem
Dos ditos
detrás das árvores
A lanterna que dava acenos
era um pendão
Ele aclara tanto qual o sol
Mas os gritos que escavam tetos
não são de revoltosos
Malgrado as paredes que sepultam
A CRUX DO SUL
É o único avião
que subsiste
Tradução Adrian'dos Delima
Nota: Optei por manter o nome científico do Cruzeiro do Sul (Crux, “A Cruz”) em função de manter a métrica do original, da qual procurei não me afastar ao longo da tradução. E também em função do uso do "X", que lembra uma cruz, ou avião, iconicamente.
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