1.
passe
↓
passe
↓
passe
passe
NA TRADIÇÃO FUTURISTA (OU NA TRADIÇÃO-ANTI)
1. trânsito em transe
os cruzamentos e as rótulas tensas
os automóveis se olham
as cidades do futuro não avançam
a vez das bicicletas prende a respiração
os idosos não dão o primeiro passo incerto
os bêbados praguejam
ninguém sabe até onde
2. eco-carroças contra a privatização do lixo
os carroceiros futuristas se carregam de sacos pretos
as cabeças dos carroceiros ficam entre grandes fones de ouvido antigos
os narizes e bocas dos carroceiros são feitos de máscaras cirúrgicas
as camisas pele punk de panos costurados levam mensagens escritas
as pessoas da rua talvez não saibam ler de verdade
os automóveis não conseguem atropelar as carroças
alguns só conseguem imaginar pena dos animais
3. todo o ódio futurista aqui desenvolvido
os autos odeiam
autos odeiam é verdade as motos também
bicis
bêbados
velhos
e claro
quando não estão somente indiferentemente ligados nos seus celulares
nas suas musiquitas
e + mas + ignorar as carroças não podem
os autos que só cuidam do seu próprio couro de lata
e até gospem homenzinhos vermelho-
gritão
se estourando as veias no pescoço
prontos pra
à soco
de ódio
a pior guerra tribal
quando a tinta do carro passa por algum arranhão
4. olha o relógio
diferenciando
é a hora intransitiva das leis
limparem a rua
(Coronel Motors
ao juiz)
sem o carro
de animal trabalho
fumegando bosta
de comer lixo
e motoristas obsoletos
não sabemos descrever
serviço limpo
Publicado na íntegra em versão antiga na Germina Literatura & Arte... ←
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passe
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na faixa de insegurança
passe a frente, por favor↓
2.
o
povo passa a
the
people
a
si smashing pumpkins
self-servem-se
deles
na
machine pump
do
maximbombo
McDonald's
logo
marcas
iguais para os pessoas do mundo todo
e
passa e a sis ses mobiliza de esguelha das
rugas-
pegadas
de bombas
entre
estreitadas de trancos
nas
bandas quais em Gaza
os
seus condutos de embate quot-
diário
de
minuto em minuto
o
Seu Motora que retrava
ajeitando
os abóboras
o
povo passa
a
poucos metros da
qui
a poucos kilo ou
metros/hora
muitas
kilotoneladas de povo bem prensado
para
entrega
auto-delivery
em se trainning by o que aprendem
num
wawabondi caminhão de vaca
havia
um verso
lá
detrás naquele trem metrô
passa
boi passa boisada
passa
bonde que passa que passa não pára
e
assim por diante
é
um verso vindo de todo lugar
não
tem de nascença origem certa
e assim a
el pueblo no pasarán
o
povão se mexe
as
orgs futuras
passado
os
govs do futuro passam
as
políticas sejam quais
idéias
até
os deuses reis
seus
me-réis
amassou
a todos o tempo e sempre
o
que sobrou foi esta massa
sem
tabletes de lei
esfarinhou-se
o
bonde da história faz passados
os
povos passam
no
montado auto do autobuscarro ágrapho quase escrito
em
língua esperanto pelo coletivo auto omnibus
no
ponto de
esperando
chegar passados
tais
sem
esperar quefuturos mais
Jornal Diário Gaúcho, tablóide do grupo RBS de comunicações, RGS, Brasil.
"Os ônibus do Bairro Glória, são uns absurdos nos
horários do pico. R22, R21, Embratel, Glória Belém Velho, superlotados – com a
passagem no preço que está.
Ana Cláudia Carvalho – Porto Alegre
Ana Cláudia Carvalho – Porto Alegre
INFORMANDO COM ÉTICA E IMPARCIALIDADE
23/02/2011
“... o nobre edil
quer a solução do problema, e se o município não tem condições financeiras para
contratar um carro, talvez tenha condições de pagar uma carroça, sem falar que
uma carroça polui menos...”
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