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segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Poema de número 7 de "No assoalho duro". Del surbrasileño Ronald Augusto. Traducido al español/castellano por Adrian'dos Delima.



Poema de Ronald Augusto, uno de los más grandes poetas que viven en Brasil hoy día, dijo Régis Bonvicino,  importante editor de la revista de renombre internacional Sibila, junto con CharlesBernstein.
 







 mar marrom na beira onde
 as presas da espuma fria

 o velho sapo senil encasulado em linho
 ou todo de branco
 escoltado por um par de nixes
 sararás                                                                                                                              
 até a entrada do maximbombo

 uma delas esconde
 um sestroso sorriso
 risinho sob a gola da camiseta azul
 os olhos um passo a frente
 dizem o que não os lábios

 a outra torce o beiço
 contrariada por estar às ordens
 de um velho excêntrico e tão limpo e infenso
 à nódoas de lama sórdida
 num dia chuvoso
 como esse



↓↓↓ trans↓↓↓


 























 mar marrón a la vera adonde
 las presas de espuma fría

 el viejo sapo senil encapullado de lino
 o todo en blanco
 escoltado por un par de nixes
 catiras
 hasta la entrada del machimbombo¹                           

 una de ellas esconde                                              
 una pilla sonrisa                                                          
 risita so el cuello de la camiseta azul                  
 los ojos un paso al frente
 dicen lo que no sus lábios

 la otra se tuerce el bezo
 contrariada de estar a las órdenes
 de un viejo excéntrico y tan limpio y adverso
 a manchas de lama sórdida
 en un día de lluvia
 como ese


                                                                    Traducción al castellano 
Adrian'dos Delima





Nota sobre la traducción: 

1 "Maximbombo", también escrito "machimbombo", similar al brasileño "maxabomba" era una especie de tranvía usada en Portugal a finales del siglo XIX y comienzo del XX. Hoy estas palabras son utilizadas para referirse a los automóviles, autobuses y los vehículos viejos por lo general en Portugal. También a los coches-cama, además de haber algunos otros significados para "machambomba", los quales son relacionados con vehículos de transporte para carga. En el sur de Brasil, aún, he encontrado entre los albañiles el uso "machambambo" para designar algo como un andamio mal construido, que se queda flojo (la definición no está en los diccionarios), y entre personas mayores el uso para todo que está flojo y puede causar un accidente. La palabra "machimbombo" pasó a significar, en Angola y Mozambique,  simplemente, autobús o cualquier otro medio de transporte colectivo. El contexto del poema nos hubiera suponer que el autor se refiere a un autobús o un taxi, que puede estar en mal estado o no.


2 Hemos elegido inicialmente no traducir la palabra "maximbombo", una palabra de origen portugués que actualmente designa a todo tipo de transporte público en Angola y Mozambique. En Portugal, se utiliza para, irónicamente, denominar "buses viejos", y también a los "coches-cama". Seguimos a otra variante ortográfica del término con el fin de ayudar al lector español castellano reconocer mejor sus propiedades fonéticas. Nuestra opción por no traducir “maximbombo”, está sobre la base de que todas las palabras del castellano para "bus" que se utiliza en la comunidad hispana no tienen la sonoridad africana que tiene esta, que suele ser confundida con palabras bantú en su etimología , a pesar de ser probablemente una corruptela del Inglés "machine pump".  Así es que "maximbombo", que tiene la ortografía alternativa "machimbombo," resta en el texto como una "palabra" icono, tanto para representar una materialidad opto-fonética que sería deseable por Mallarmé y hubiera satisfecho el autor, además de ser un signo de la frustración continua que resulta de los esfuerzos de casi toda traducción tomado en serio. De esta manera, "maximbombo" permanece ahí por ahora al resistirse en contra una traducción de hecho, a hacer sonar falsamente como las onomatopéyicas palabras de Nicolás Guillén para reproducir un sonido de tambor en las palabras rituales sin sentido puntual de "¡Mayombe-bombe-mayombe! ".

  

1 "Maximbombo", também grafado "machimbombo", com o similar brasileiro "maxambomba", foram uma espécie de bonde utilizada em Portugal no final do século XIX e início do século XX, sendo estas palavras usadas para significar, atualmente, automóveis, ônibus e veículos velhos, em geral em Portugal. Também aos vagões-leito, além de algumas outras significações, no caso de "machambomba", relacionados a veículos de tramsporte de carga. No sul do Brasil encontrei, ainda, embora a definição não esteja no dicionário, entre os pedreiros, o uso "machambambo" para designar um andaime "bambo", "em falso", frouxo, e entre populares mais idosos a mesma palavra sendo usada para designar algo que, estando mal colocado, e devendo servir de apoio, pode causar acidentes. A palavra "machimbombo" passou a significar, simplesmente, ônibus ou qualquer tipo de meio de transpote coletivo em Angola e Moçambique. O contexto do poema nos faria supor que o autor se refere a um ônibus ou táxi, podendo este estar em mau estado ou não.   

2 Optamos, inicialmente, por não traduzir a palavra "Maximbombo", palavra de origem portuguesa que designa atualmente toda espécie de transporte colectivo em Angola e Moçambique. Em Portugal, ela é usada para, ironicamente, designar "ônibus velhos" e, também aos "vagões-leito". Mantivemos grafia alternativa  do termo, a fim de ajudar o leitor de espanhol castelhano a reconhecer mais facilmente suas propriedades fonéticas. Nossa escolha em não traduzí-la, baseia-se em que todas as palavras do castelhano para "ônibus" utilizadas na comunidade hispânica não possuem a sonoridade africana que esta palavra possui, sendo, normalmente, confundidada com palavra de etimologia banto, embora sendo, provavelmente, uma corruptela  da inglesa "machine pump". Assim, "maximbombo", que possui a ortografia alternativa "machimbombo", fica no texto como uma "palavra-ícone", tanto para representar uma materialidade opto-fonética que seria desejada por um Mallarmé e agradaria ao autor, como também sendo signo da contínua frustração de quase todo esforço tradutório que se leva a sério. Desta maneira, "maximbombo" fica ali, por enquanto resistindo a uma tradução de fato, a soar falsamente africanas como as onomatopaicos palavras de Nicolás Guillén a reproduzir um som de tambor ritualístico nas palavras sem significação precisa de  " ¡ Mayombe-bombe-mayombé ! ".   








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*A revista Ilustração Portugueza foi uma edição semanal de O Século, um jornal diário matutino de Lisboa, publicado entre 1880 e 1978, e fundado pelo jornalista Sebastião de Magalhães Lima. Wikipédia.  

* La revista Illustración Portugueza ha sido una edición semanal de O Século, un periódico diario y matutino en Lisboa, publicado entre 1880 y 1978, y fundado por el periodista Sebastián de Lima Magalhaes. Wikipedia.











  Ronald Augusto, poeta, músico e crítico de poesia, autor de, entre outros, Homem ao Rubro(1983), Vá de Valha (1992), Confissões Aplicadas (2004) e No assoalho duro (2007). Dá expediente no blog www.poesia-pau.blogspot.com. Mais em Wikipédia, Ronald Augusto.  


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