Teorizam a poesia. Mortificam a poesia. Eu mesmo. Mas poesia é somente ritmo, na essência. Desde a separação da música. Ficou o som do falado e o seu ritmado. O resto veio depois.
A não ser que poesia seja todas as artes, como quiseram os aristóteles. E podem estar certos.
Mas, para mim, ritmo é que é vida. Esse é o meu partido. Isso é o que me importa. Daí, a poesia é a fala ou o falado, ou oral, uma imitação escrita do falado.
Daí, a poesia é nos arremessarmos para a vida, como poderia dizer Maiakóvski. E cada coisa da nossa memória tem um ritmo, uma música. Nós mesmos, talvez tenhamos um ritmo, talvez a nossa pulsação. Mesmo imagens têm um ritmo, assim como uma sintaxe, se pretendem ser poesia.
E, Rima, Rima marca uma cadência do ritmo. Por isso é que a Rima, se fazemos analogia do ritmo com a vida, pode ser um momento marcante da vida. Coisa simples.
Agradeço a Henri Meschonnic por me inspirar tais palavras. E com tais palavras que não honram justamente a grandeza do mestre, homenageio a meu modo este grande poeta, tradutor e linguista da poética, morto no ano passado, ano de 2009.
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Somente a título de inaugurar os trabalhos deste blogue, RIMAEVIDA, tudo junto, amador de quem ama, que conta com traduções e recriações de poemas, comentários (anti) críticos pelo dono da bola, um ou outro poema do mesmo.
Com fins de divulgar gratuitamente o conhecimento da boa poesia (para que outros possam, depois, vendê-la?), criticar vialinguagem-mente e, eventualmente, extravasar alguma coisa que o autor do blogue tem engasgada (o que se faz possível porque não se pode deixar um blogue parado).
Tenho certeza, que nenhum autor aqui propagado se ofenderia com a idéia desta
amadora de quem ama homenagem.
E, se
nos encontrarmos na mesma rima, eu e você, conforme um escrito de Paulo Leminski, isso trará alegria a todos.
Boas leituras, com bons olhos e pulsação de gente boa.
Adrian'dos Delima (ou só Adriano de Lima, caso queiram me condenar ou louvar pelo nome).
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Vida, minha, rimando com estar vivo. |