Muita arte na rede Ello. Visualize:

Muita arte na rede Ello:

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

DADO NO 7 E MAIS DOIS LANCES DE POEMAS DE ADRIAN'DOS DELIMA.

DADO NO 7 E MAIS DOIS LANCES DE POEMAS. 





DADO NO 7



calçada onde tem faço uma aposta no pensamento
vou fazendo escolhas
de quadrados
dizia einstein que deus não é chegado no jogo
de dados
uma goteira no guarda-chuva
lança pelo menos um dardo
na minha cabeça
já fiz essa aposta

no um ano de retardo
que a chuva veio
ela forma a bacia amazônica com as ruas daqui
arrastando um que sou eu a tirar
e quase mandar o sapato
nadar pra bem longe
pro esgoto
qual se fosse eu o cara pré-urbano
incivilizado
e jeca-tatuado de pés descalços
e já minha esposa

divide inclusive o ilhéu de uma pedra
saliente com
uma ratazana sem vias
senão
decidir-se ao nado
fica decidida a igualdade
hoje
quando
mais um pouco e os carros
daqui a pouco engasgados empacam
e dejetam
condutores à cata do próximo bueiro senão o próprio
e querendo despejar quem sabe indigentes das marquises
ficam
tudo e todos da mesma peça no tabuleiro
bem jogado desse aguaceiro de deus que desaba
o mundo e
que desliza nas lombas em cascatinhas
pedras pretas se iluminando por essa luz
por essa que pouco passa
pro asfalto as
águas rolam &
rolo 
sendo eu um dado que pode
dar um número improvável


....

SUPERHOMENS SUPERMÁQUINAS


  à custo retomamos
nossas vidas sem retorno
  do seu roubo

  ao começo meio
mortos
  meio máquinas

  não tão máquinas
essas supereróicas
maquinalmente
a dar poucos passos
     arrasadas

tudo pelo tufo pelo ão
por tudo um ruim gigante sem
braços de catavento
apagão terremoto vulcão
por uma enchente avalanche
enola boy maladade madalheina malazarte maledeto e
   e nada nem de little arrependida

  perdidos tão preciosos pedaços nossos
perto mais alguns passos
definitivos
do derradeiro
   por hoje é o mais próximo

   dos seres super-homens meio máquinas
os que não forem homem-banda
ou de elementares próteses
o ser homem-bomba
   é o afinal
por que não superar-se
   sem nada
do
     mais chato e místico de
nietzche

....

NOSSA EMERGÊNCIA IMPERIAL


sou do brasilis terra dos nómos de
monos
do
da jorgeamada tecnologia
de ponta das raças
miscigenança a

bazuca brasuca no arco
do tempo
os ossos da namíbia vindo à tona
precursores das merdas todas vinteseculares nesse
quesito em particular e essa
sempre como as outras mal-
contada história

dos massacres negros e pampas na argentina
os campos de trabalho e ração mínima até a morte no
vice-opulento-
reinado da índia e
por isso é preferível o nosso péssimo governo (de ghandi)
ao excelente governo de raças superiores inglesas
nós
raças criminais
com os crânios medidos
com todos os nossos inferioramentos científicos      mas
a antropologia traz as técnicas
à polícia para a descoberta dos mais bárbaros
crimes
a arqueologia desenterra
como narrávamos no princípio
mas isto é uma guerra de extermínio

está escrito nas bíblias eugênicas das
- eutanásia adulta
- limpeza étnica feita pra baixo do tapete
psapo enterrado no corr-
oer do tempo
propagada no futuro pelos maquinomens
conforme o mandado já aristotélico do mais perfeito contra
o menos superior
com o visto desde o ano 2001
de Kubrick e
quem sabe no ironicamente próprio o exterminador daquele
canastra seminazi que andava governando
o território da
antiga califórnia lograda
com somente uma cancha para correrem criollos mexicas da
metralha

mas os
sincréticos
casamentos mistos serão desmistificados
e permitidos com sessão de branco e missa
no nosso grande reino de D. Pedro
lei de escrita votada por phds
de mulatos a caboclos e sararás sanseis nenseis
mamelucos maismalucos que eu e os seus


ADRIAN'DOS DELIMA.

3 poemas de setembro de 2012 

terça-feira, 4 de setembro de 2012